sexta-feira, 4 de agosto de 2017

243. O MEU PÁSSARO - Dia 13


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Portugal. Quem nos dera continuasse a ser verde, não fossem os desatinos dos homens que lhe vão devorando a cor. Que diriam dele agora Raul Proença e os seus ilustres colaboradores na realização da obra Guia de Portugal?

« (...) E assim um dia este livro, que eu sonhei nos verdes vales, nos rios plácidos e nas montanhas decorativas da minha terra, nas sua costas de enseadas azuis e de esburacadas grutas misteriosas (sonoras no marulho das ondas como enormes búzios ressonantes), no deslumbramento da sua luz epitalâmica e sob as suas grandes estrelas dormentes – este livro, feito pelo amor e pelo espírito de veracidade de alguns Portugueses para concitar e adjurar a infinita piedade portuguesa, merecerá, talvez, pelo muito que os outros fizeram e farão, e pelo pouco que eu vier ainda a fazer, ser denominado com justiça – o Livro de Amor e Devoção de Portugal

Raúl Proença, Guia de Portugal, Prefácio da 1ª edição publicada pela Biblioteca Nacional de Lisboa em 1924, retirado do 1º Volume Generalidades – Lisboa e Arredores, reedição da Fundação Calouste Gulbenkian, 1979
 
M

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